Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 2 de 2
Filter
Add filters








Year range
1.
Rev. bras. estud. popul ; 39: e0212, 2022. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1387856

ABSTRACT

Resumo Nas últimas décadas, a taxa de participação feminina na força de trabalho cresceu de maneira expressiva no Brasil, passando de 18,5% em 1970 para 48,9% em 2010. Apesar disso, a segregação ocupacional por sexo persiste e pode ser um fator determinante para explicar a diferença salarial em desfavor das mulheres no país. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho é compreender porque as ocupações femininas pagam menos. A fim de testar a teoria sociológica da desvalorização do trabalho feminino, avalia-se o impacto da transição entre ocupações distintas quanto à composição por sexo no rendimento dos trabalhadores. Para isso, são utilizados os microdados longitudinais de divulgação trimestral das edições de 2012 a 2019 da PNAD Contínua (IBGE) em um modelo de painel de efeitos fixos. A tipologia de integração ocupacional proposta por Oliveira (2001) é adotada para classificar as ocupações em predominantemente femininas, predominantemente masculinas ou integradas. Os resultados mostram que o trabalhador experimenta queda no rendimento quando transita para uma ocupação feminina, de modo que a hipótese da desvalorização é suportada. Observa-se, ainda, que os maiores rendimentos são recebidos nas ocupações integradas, indicando que a relação entre a composição ocupacional por sexo e os rendimentos é não linear.


Abstract During the last decades, female participation in the labor force has increased significantly in Brazil, going from 18.5% in 1970 to 48.9% in 2010. Despite this, occupational gender segregation persists and may be determinant to explain the gender pay gap. This study aims to understand why female occupations have lower pay. In order to test the sociological theory of female work devaluation we evaluate the impact of the transition between different occupations regarding the sex composition on the salary of workers in the Brazilian labor market. To that end, we use a model with fixed effects with microdata from the 2012-2019 editions of the PNAD Contínua (IBGE). The typology of occupational integration proposed by Oliveira (2001) is adopted to classify occupations as predominantly female, predominantly male, or integrated. Results show that workers experience a decrease in wages when moving to a female occupation, hence supporting the devaluation theory. Also, the highest salaries are observed in integrated occupations, indicating that the relationship between occupational sex composition and pay is a non-linear one.


Resumen En las últimas décadas, la tasa de participación femenina en la fuerza de trabajo creció significativamente en Brasil, del 18,5 % en 1970 al 48,9 % en 2010. A pesar de esto, la segregación ocupacional por sexo persiste y puede ser un factor determinante para explicar la brecha salarial que desfavorece a las mujeres en el país. En este sentido, el objetivo de este trabajo es comprender por qué las ocupaciones femeninas tienen salarios más bajos. Con el fin de probar la teoría sociológica de la desvalorización del trabajo femenino, se evalúa el impacto de la transición entre distintas ocupaciones en cuanto a la composición por sexo sobre los salarios de los trabajadores. Para eso, se utilizan microdatos longitudinales de divulgación trimestral de las ediciones entre 2012 y 2019 de la PNAD continua (IBGE) en un modelo de panel de efectos fijos. Se adopta la tipología de integración ocupacional propuesta por Oliveira (2001) para clasificar las ocupaciones en predominantemente femeninas, predominantemente masculinas o integradas. Los resultados muestran que el trabajador sufre la caída de su salario cuando pasa a una ocupación femenina, lo que sustenta la hipótesis de la devaluación. También se observa que los salarios más altos se reciben en ocupaciones integradas, lo que indica que la relación entre la composición ocupacional por sexo y los salarios no es lineal.


Subject(s)
Humans , Salaries and Fringe Benefits , Women , Women, Working , Work , Research , Review , Employment , Job Market
2.
Rev. bras. estud. popul ; 37: e0131, 2020. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1144146

ABSTRACT

Este artigo analisa a evolução da segregação ocupacional por sexo no mercado de trabalho brasileiro de 2004 a 2015. Além da mensuração da segregação por meio de indicadores tradicionais, como o índice de dissimilaridade e o de Gini, utiliza-se a classe de medidas aditivamente decomponíveis proposta por Hutchens (2004), que permite decompor a segregação em duas parcelas: uma relacionada à segregação entre grandes grupos ocupacionais; e outra que corresponde a uma soma ponderada dos níveis de segregação dentro desses grupamentos. Os resultados mostram que a segregação aumentou entre 2004 e 2015, revertendo a tendência de queda que vinha sendo relatada na literatura referente a anos anteriores a esse período. A análise de decomposição indica que tal crescimento foi impulsionado pela segregação entre os grandes grupos ocupacionais, portanto, entre grupos com ocupações mais heterogêneas entre si. Conclui-se que, à medida que o nível da participação feminina no mercado de trabalho se estabiliza, o processo de integração das ocupações segundo o sexo também apresenta seus primeiros sinais de esgotamento.


This article analyzes the evolution of occupational gender segregation in the Brazilian labor market from 2004 to 2015. Segregation is measured with traditional indicators, such as the dissimilarity and Gini indices, and also using the set of additively decomposable measures proposed by Hutchens (2004), which allows to separate segregation into two parts: one referring to segregation between large occupational groups (1-digit occupational classification), and the other one corresponding to a weighted sum of segregation levels within these groups. Our findings indicate that segregation increased between 2004 and 2015, reversing the downward trend reported in the literature for the period before 2004. The decomposition analysis indicates that this increase has been mainly driven by segregation among broadly defined occupational groups, i.e., across groups entailing very different tasks. We conclude that, as the female labor force participation rate stabilizes, the integration of occupations according to sex may have reached its limit.


Este artículo analiza la evolución de la segregación ocupacional por sexo en el mercado laboral brasileño entre 2004 y 2015. La segregación se mide con indicadores tradicionales como los índices de disimilitud y de Gini, y también utilizando la clase de medidas aditivamente descomponibles propuestas por Hutchens (2004), que permiten separar la segregación en dos partes: una que refiere a la segregación entre grandes grupos ocupacionales (clasificación ocupacional de un dígito) y otra que corresponde a una suma ponderada de los niveles de segregación dentro de estos grupos. Los resultados indican que la segregación aumentó entre 2004 y 2015, revirtiendo la tendencia a la baja reportada en la literatura para el período anterior a 2004. El análisis de descomposición indica que este aumento ha sido impulsado principalmente por la segregación medida entre los grandes grupos ocupacionales, es decir, entre grupos que agregan tareas muy distintas. Concluimos que, a medida que la tasa de participación femenina en la fuerza laboral se estabiliza, la integración de ocupaciones según sexo puede haber alcanzado su límite.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Job Market , Occupations , Research , Socioeconomic Factors , Brazil , Gender Identity , Indicators and Reagents , Literature , Occupational Groups
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL